terça-feira, 28 de junho de 2011

TPM, pra que te quero???

Eu sempre me vangloriei por não sofrer dos terríveis sintomas da TPM.
Pensava ser imune às cólicas, ao mau-humor, à melancolia, etc, etc... e tirava onda com as minhas amigas por isso até que, há mais ou menos um ano, PLUFT: "Hum... Que vontade de chorar por nada... Coisa esquisita! Será que estou chegando aos dias sangrentos de cada mês? Não pode ser! Eu já sangro há anos e nunca senti incômodo nenhum!" - Daí veio a cólica pra confirmar tudo e acabou a minha paz!!!

E parece que, pra compensar o tempo (anos) que eu não sentia nada, o meu mal-estar e fragilidade chegam dias antes, permanecem durante e mais alguns dias depois dos "bloodah days".


A TPM me deixa mais sensível, menos tolerante, mais insone, menos falante, mais pensativa... E funciona como se eu estivesse programada pra isso. Porque vem tão de repente quanto vai embora.
(Eu juro que não sou bipolar)

É estranho como, por mais que tudo esteja bem, por mais que eu me sinta feliz e eufórica, vivendo um momento bom, o tempo fecha ("raios e trovoadas!", como diria um professor que tive na facul). Eu começo a questionar tudo, começo a pensar que as coisas não são tão boas assim ou que não podem ser reais. Pessimismo mode: on; level: hard.
E se as coisas já não estavam tão boas assim, aí é que ferra mesmo!!! Dá uma vontade de me isolar e chorar até a barriga doer (mais do que já dói pela cólica)... Curtir fossa mesmo, sabe???

É na TPM que eu prefiro ficar em casa (mais precisamente no meu quarto. Não saio nem no quintal e não vou à rua nem que seja pra fazer a coisa mais legal do mundo!), não tenho inspiração pra me vestir, me sinto mais gorda, meu cabelo não fica bom de jeito nenhum e eu fico muito mais sedenta de álcool e chocolate do que nos dias 'normais' ( todo mundo sabe que eu já sou chegada numa birita e sou chocólatra mais-que-assumida!). Ah... É nesses dias também que eu intensifico minha prática de autoflagelação, futucando cada cravo no meu rosto e cada fiapo de pele saliente nos meus dedos até sangrar.

Well... então agora vocês já sabem, amiguinhos: Se eu estiver mais caladona e pensativa, reclamando do meu peso e do meu cabelo, ouvindo Evanescence, ColdPlay, Emmy Rossum, músicas lentas do Michael Jackson e me comovendo (chorando ou quase) com filmes e livros, a culpa é da inimiga fiel que veio me visitar e trazer a velha novidade: só o Atroveran pra amenizar a minha dor (literalmente).

Oh... Como a vida é dura pra nós, mulheres!!!

domingo, 5 de junho de 2011

Sobre a minha insônia

Oi, gente.

São quase 4h da manhã de mais um sábado à noite (ou seria de um domingo de manhã?)...
Ah... o que eu queria dizer é que eu resolvi ficar em casa por causa da minha gripe. Estou no meu 9º dia de dodói. Então achei melhor não me expor ao sereno nem à tentação de beber.
Pois bem, eu deveria estar dormindo, né?! Eu também acho. Mas não consigo.
Há pouco mais de um ano que eu não consigo dormir à noite.
Antes, eu cochilava +ou- durante umas 2 horas porque precisava acordar cedo pra partir pro estágio.
Às vezes tentava compensar a noite mal dormida em mais um cochilo no caminho de ida, às vezes nem isso.
Meu editor-chefe dizia que a culpa era da internet: "Você chega em casa e liga o computador, daí fica elétrica. Não faça mais isso".
Ledo engano... a TV, a leitura ou apenas os meus pensamentos viajantes na escuridão e silêncio do meu quarto insistiam em espantar meu sono pra bem longe.
Nos primeiros meses eu só ficava de mau-humor. É muito ruim não conseguir dormir à noite e não ter tempo pra compensar a falta de sono. Geralmente eu deixava acumular pro fim de semana. E então passava um sábado ou um domingo dormindo o dia inteirinho.
Mas depois, quando voltei a sair mais aos finais de semana e trabalhar cantando, a coisa piorou.
O cansaço foi acumulando e o sono vinha à tona depois do horário do almoço. Eu podia desmaiar a qualquer hora na minha mesa de trabalho. Mas à noite, não adiantava. O sono não vinha ou eu é que estava em plena atividade (cantorias ou ensaios) e não podia dormir.
Quando eu não suportei mais a falta de tempo e de sono, saí do estágio pensando ser esta a solução para os meus problemas, pelo menos até o meio deste ano. Pensei errado.

Comecei pensando em descansar... compensar tudo o que tava acumulado em cansaço nos últimos meses. Arrumei outro problema: troco os dias pelas noites. E todo mundo sabe que o sono do dia não é, nem de longe, o mesmo que dormir à noite. Só que eu não consigo inverter a situação... tá tenso!
Já tentei ficar acordada direto pra dormir na noite seguinte, mas isso só vale pra uma noite.
Já tentei beber pra relaxar e dormir: nada! Já desliguei a TV, o notebook, o telefone e a luz: nada!
Já tentei ler: devorei 4 livros em um mês. Já ouvi Enya: apreciei um álbum inteiro e nada de sono!
A TV, que antes era um sonífero pra mim, virou minha mais fiel companheira de madrugadas insones.
Agora eu só consigo ter sono à noite se for induzido por remédios. Mas eu não os tomo. Porque, com eles, apesar de dormir, eu não descanso. O sono é perturbado, com pesadelos... E quando acordo é ainda pior, porque parece que o sono e o cansaço se multiplicam.
Se pelo menos a minha insônia fosse produtiva... Mas não. Não consigo fazer NADA de útil.
Não consigo estudar, não enriqueço meu repertório musical e não me dedico sequer à minha monografia.
E agora eu já não sei se é o meu desânimo que me deixa insone ou se é a insônia que me deixa desanimada.
Eis a questão.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Tô de voltaaaa!!!!

Hum... há muito tempo eu não escrevo pra vocês, né?! Ou seria pra mim mesma??? Não sei se vão ler isso...
Fiquei taaaaaanto tempo sem escrever, que quando resolvi 'dar o ar da graça' pra continuar o texto que eu prometi, o assunto já estava mega atrasado. E acredito que as expectativas de vocês, caros amigos leitores, quanto ao meu retorno, já se igualavam a zero.

Antes tarde do que nunca. Já cumpri o prometido no post anterior...

Mas como abandonar assim o meu mundo e a meia dúzia de leitores fiéis (que à essa altura nem sei se voltarão a me ler)???
A verdade é que senti saudades. Mas a preguiça, ou a falta de tempo entre imprevistos diversos me afastaram daqui.
Well... Sem mais delongas, vou resumir algumas coisas que aconteceram desde que eu desapareci daqui. [Hum... vejamos... meu penúltimo post foi em novembro de 2009 e o último (embora esteja marcado como agosto de 2010) é bem recente (terminei e publiquei há um mês aproximadamente)].

Em novembro de 2009 eu estava trabalhando no atendimento e na parte administrativa da escola de um casal de amigos. Eu já trabalhei lá antes (em 2004, inclusive dando aulas de informática educativa), mas o casal era diferente, quero dizer, a esposa do dono da escola era outra (mas isso já seria outra história).
Pois bem, eu auxiliava o dono da escola e sua terceira esposa (com quem sempre tive afinidades e desenvolvi amizade - ela é apenas 2 ou 3 anos mais "velha" que eu). Detalhe que só esse lance de voltar a trabalhar na tal escola tem várias histórias periféricas, mas não vou me prender a isso ou terei que deixar as outras velhas novidades pra outro dia.
Enquanto isso, a facul de Jornalismo na UERJ ía bem, obrigada. Eu já saía do trabalho direto pra lá.

Em janeiro de 2010 eu cantei no casamento de um guri que estudou comigo desde a quinta-série!!!
Ele e a noiva escolheram as músicas e, embora tudo estivesse dando errado até a semana anterior à cerimônia, eles estavam mega tranquilos.
As minhas fotos cantando no casamento deles rendeu um convite para cantar em outro casamento, que seria mais tarde: em junho.

O Carnaval eu passei no Rio mesmo, mas saí todos os dias com um casal de amigos que também não viajou. Nossa! Nos divertimos horrores!!!!!!!

Em abril (ainda em 2010), um amigo guitarrista me colocou na banda de forró que ele toca até hoje.
É... parece estranho, mas aconteceu. Obviamente que a combinação não foi lá das mais adequadas. O povo da banda era maravilhoso, conservo algumas amizades e tal, mas eu só entrei num momento de emergência. Tocamos na Feira de São Cristóvão, alguns domingos no antigo Asa Branca (Lapa) e tal... - eu tenho fotos.
Segunda-feira era certo de eu ir trabalhar sem dormir. Chegava do show, tomava um banho, comia alguma coisa e ía abrir a escola. Foi nessa época que me tornei insone 'forever and ever'.
Fiquei nessa banda de forró +ou- uns dois meses e quando a cantora deles retornou, eu saí.

Essa minha rotina escola (trabalho) - facul - música perdurou até maio de 2010, quando eu também acumulava a função de professora de inglês das adoráveis crianças da escola - eles me adoravam... eu ganhei o apelido de Lava Girl (por causa do meu cabelo vermelho), jogava Uno e às vezes até bola com eles nos intervalos e fui alertada pelas outras professoras de que eu era objeto de paixão de um ou outro. Hahahahahahahahaha!

Em maio de 2010 aquele meu último estágio me chamou de volta. Aquele mesmo que o tal novo supervisor havia me dispensado. A melhor parte foi que ele mesmo (o cara que me demitiu pouco mais de um ano antes), ligou pra mim e me contratou outra vez.
Nem preciso dizer como me senti, né?!
A princípio eu estava voltando por apenas 2 meses, para cobrir férias da estagiária dele (que tinha entrado no meu lugar). Mas como eu já era conhecida de todos, liberaram meu contrato para 6 meses renováveis.
A dinâmica de trabalho tinha mudado bastante. Serviu pra eu aprender alguma coisa sobre mercado de capitais (a área de atuação da tal organização) e, principalmente, escrever sobre isso.
A outra estagiária (se formou em dezembro e foi contratada) é uma guria de 24 anos, muito competente, prestativa e atenciosa, que me ensinou tudo direitinho. Nos demos muito bem, eu cheguei a ir no casamento dela (e só nos conhecíamos há 2 meses). Ela (minha amiga de estágio) aturou minhas reclamações de insônia, meu espanto por ela ter se casado tão cedo e acompanhou a saga do namoro relâmpago (3 meses) que eu tive com o estagiário de direito (desse não sobrou nem amizade, embora tenha começado da maneira mais cortês do mundo).

Voltando a falar de música, depois que eu saí da banda de forró, eu só cantava por hobbie, dando canja na banda de amigos e tal... Afinal, com estágio o dia todo e facul à noite (tudo lááááá longe... estágio no Centro, facul no Maracanã), era impossível!!!! Eu mal tinha tempo pra dormir. Usava as noites pra fazer os benditos trabalhos da faculdade ou pra tentar dormir, pois eu estava me tornando oficialmente insone.

Em junho, cantei no outro casamento (cujo convite surgiu a partir das fotos da minha cantoria no casamento do meu amigo). Mas nesse, o clima era tenso! O tecladista desse casamento é um grande amigo meu. Ele que me indicou pra noiva (cheia de exigências); ele que me tranquilizava. Mas confesso que o frio na barriga que eu senti ao cantar nesse casamento foi maior do que todos os friozinhos que já senti nessa vida!!!
Eu explico: a noiva dizia que era fã da Mariah Carey e que queria que eu me inspirasse nisso. Mas quem me conhece bem, sabe que a minha voz tá muito mais pra canção de ninar do que qualquer outra coisa. Eu não tenho traço vocal 'black' nenhum!!!

Deixando a cantoria e tratando de outra aflição, 2010 foi o ano da minha formatura (eu ainda não me formei, de fato, porque sou uma cabeçuda preguiçosa que ainda não fez a monografia). Mas a cerimônia de colação de grau e a festa comemorativa da turma 2006.2 de Comunicação Social da UERJ foi em agosto. Tenho as fotos, o vídeo (que inclusive estão dando uma dor-de-cabeça danada porque a empresa que contratamos - Design Formaturas e Eventos - vacilou feio!) e uma foto emoldurada minha segurando o canudo (minha mãe pendurou na sala e toda vez que olho ouço uma voz perguntando: "mas e o raio da monografia?).

Ah... mas ainda tive mais experiências na música, ainda em agosto, fiz uma participação na Banda Oluhau. Eles fizeram num show com convidadas (Giul - Banda Zena, Loma e Nath - Banda Agnela e Eu - ?) no Cultural Bar, em Juiz de Fora.
A vibe foi in-crí-vel!!!!!!!!!! Eu cantei como se estivesse nas nuvens. Fiquei encantada.

Já no final de novembro, um convite urgente e inesperado: as duas cantoras da Banda Ploc 80' (aquela que foi no BBB 10) estavam ocupadas e não poderiam fazer um do show deles. Recebi uma ligação na quinta, o show seria no sábado. Fiquei insegura, mas resolvi arriscar e aceitei o convite. Tudo deu certo, eu adorei cantar com eles e passei a ser sub. A agenda deles em dezembro tava frenética!!!! Fiz alguns dos shows deles, inclusive fora do Rio.
Foi aí que a música começou a me cobrar sua participação na minha vida... canto desde pirralha e tal, mas não encarava como profissão desde que comecei a faculdade de Jornalismo. Não por falta de vontade, mas porque o tempo não me permitia, já que eu moro em Far Far Away.

Com esse lance da música voltando à tona e a facul chegando ao fim, mas sem que eu tivesse tempo pra fazer a monografia (a velha história da distância... às vezes eu passava mais tempo da minha vida viajando de ônibus do que assistindo aula. E mesmo sem dormir, eu me sentia exausta... então não rolava tentar monografar. À noite eu tentava era dormir) eu acabei desanimando do estágio. Eu não queria ser estagiária pra sempre, mas se eu não fizesse a monografia, não tinha jeito. E os shows me deixando cada vez mais entusiasmada com a música e exausta com o dia-a-dia.

Em janeiro de 2011, mais precisamente no dia 2 de janeiro (primeiro domingo do ano) eu fui bater um papo e apreciar a música ao vivo (esqueminha voz e violão) de uma churrascaria que tem no shopping mais próximo da minha casa e eis que acontece algo inusitado: fui contratada pra cantar lá toda quinta-feira.
Inusitado porque eu acabei dando uma canja por acaso MESMO (até então, eu não conhecia os músicos que estavam tocando lá nesse dia), daí a dona do estabelecimento curtiu e comentou com uns amigos que estavam lá (que me avisaram antes, para que eu aceitasse, mesmo que eu não tivesse quem tocar violão pra mim). Quando desci do palco, fui cercada pela dona (e pelos meus amigos) e aceitei cantar na quinta seguinte (achei que seria uma quinta só, mas acabei ficando). - Essa história também gerou outras histórias... [Afinal quem foi tocar violão comigo foi o meu ex-namorado mais complicado da face da Terra, mas tocávamos juntos há tempos, antes de eu entrar na facul. Nossas experiências profissionais na música sempre foram compartilhadas. Quando começamos a tocar juntos (em 1999), sequer imaginávamos que chegaríamos a namorar anos mais tarde (2004-2009)].

Com toda essa cantoria e a pressão da falta de tempo pra fazer a monografia, eu resolvi largar o estágio (sem monografia pronta e diploma, eu jamais seria contratada).

Em fevereiro, eu só cantava e, teoricamente, me dedicaria à minha monografia - o que acabou não acontecendo.
Eu consegui, além da tal churrascaria, mais 2 lugares fixos pra cantar (voz e violão). Ou seja, eu trabalhava 3 vezes na semana + os projetos paralelos que surgiam. Minha vida era ensaiar e cantar à noite e dormir (muito mal) durante o dia. Eu resolvi tentar descansar tudo o que eu tinha esgotado nos últimos 5 anos (facul+estágio+insônia+nights+os últimos meses desde que voltei a cantar).
O resultado foi: cama o dia inteiro. Dormindo ou não, eu permanecia deitada sem fazer nada ou acessando a internet (como agora) ou lendo (literatura de ficção, claro. Nada de teorias, nada relativo à monografia).

Em março, eu comecei a cantar em outra banda de anos 80 (Johnny Bacana), mas acabei perdendo 2 dos 3 lugares que eu cantava toda semana. Só sobrou a churrascaria mesmo.

Entre abril e maio eu comprei os livros que compõem a bibliografia básica da minha monografia, mas só li um deles até agora e só consegui planejar o primeiro capítulo do meu trabalho.

A insônia não passou e é improdutiva.

Eu estou na fase mais desanimada da minha vida. Não saio se não tiver uma razão muito importante pra isso.
Passo as noites acordadas e durmo durante o dia.
Já tentei me isolar na escuridão e silêncio do meu quarto à noite, sem internet, sem música, sem TV. Mas o sono não vem.
Já tentei ler em vez de entrar na internet, mas em vez de ler e sentir sono, eu permanecia acordada, devorando os romances que lia.
No auge do meu desespero pela falta de sono, bebi Vodka pura para tentar relaxar e dormir. Deu #Fail.
Já fiquei sem dormir mais de 24 horas pra ver se regularizava o meu 'relógio biológico': Nda!!!
Não tem jeito... Eu devia estar no Japão agora. Isso sim!!!

Eu me limitei a falar de trabalho e facul aqui. Mas é claro que além disso, tive meus encantamentos, tentativas de paixão, decepções, velhas novas histórias e uns novos amigos que a vida trouxe.
Além dos momentos divertidos (nights, jogatinas e até praia...) com os amigos antigos também, claro!!!