sábado, 17 de janeiro de 2009

Autobiografia - Saudosismos... (Credo! Pareço uma velha!)



Olá, queridos amiguinhos.



Prólogo:


A intenção não era essa, mas ao terminar esse texto, percebi que ficou muito grande e no estilo "minha vida, minha história". Além disso, a influência da leitura sagrada de "Peristálticos", também é clara. Kkkkkkkkkkkkkk

Quando planejei este
post, há pouco mais de uma semana, eu tinha em mente as coisas na minha vida que foram marcantes (coisas bobas) e que eu lembro com muito carinho e sinto falta.


Introdução:


Só que a vida, esta sim é uma caixinha de surpresas. Acabou acontecendo uma coisa essa semana (mais precisamente
segunda-feira à noite) que tomou os meus pensamentos e as minhas conversas com as amigas mais chegadas.
Passei a noite acordada no msn com a Li tentando me acalmar.

Tô com a mente muito confusa agora. Porque outros saudosismos me tomaram por completo.
Mas como prometi, vou falar dos saudosismos de toda uma vida de 22 anos.



Capítulo 1:
Infância

Da infância acho que não vale muito a pena falar. Já que as boas lembranças dessa época costumam ser padrão para a maioria dos seres humanos normais.

Aliás, vale por uma coisa: a música.
Sempre cantei, desde criança, não lembro exatamente quando comecei, mas
tínhamos um microfone vagabundo aqui em casa e meu pai gravava fitas k7 (coisa antiga... aff) onde eu cantava por cima dos discos em nosso famigerado aparelho de som 3 em 1 (se vc tem menos de 20 anos, consultar o Google).
Ok... confesso que minha "professora dos vinis" não era alguém com quem qualquer pessoa em plena sanidade normal tomaria aulas de canto: ela mesma, a Xuxa. Está provado: até uma criança de 3 anos (sei lá... talvez eu tivesse menos que isso ainda) canta melhor que ela.

E isso foi muito cedo mesmo. Tenho a impressão de que mal aprendi a falar, começamos com as gravações.

Mais tarde, descoberto e consolidado o fato de que eu sabia cantar, não parei mais. Era na Igreja, em aniversários de 15 anos, casamentos (soa bizarro, mas é fato!)... e o que eu sinto falta dessa época é que eu causava m
ais sensações que hj, obviamente por se tratar de uma criança. E o melhor disso, eu não tinha uma voz chata, infantil, e cantava música de adultos sempre. Ou seja, isso dobrava a admiração que as pessoas tinham pelo meu "eu cantora". Tá... eu era uma criança chata que falava (e cantava) como adulto. Pronto, falei!!!


Capítulo 2:
Adolescência


Outra época muito boa da minha vida foi na passagem pra adolescência, sempre com pessoas mais velhas ao meu redor, pra variar.


Eu explico: minha mãe fez teste pra locutora numa rádio comunitária e passou. Ela era boa nisso. Mas meu pai sempre gostou de rádio e entrou na onda tb. Ele tb era bom nisso, mas diferente da minha mãe, ele se atrapalhava um bocado (pra ele não dava certo operar o áudio e falar ao mesmo tempo) e fazia piada disso (meio que em estilo
Pânico, mas bem disfarçado e comportado).
O que os meus pais e essa onda de rádio pirata tem a ver com o meu saudosismo??? Tudo!
Porque eu tb me apaixonei e queria muito estar dentro da parada.
Problema: eu tinha 12 anos. Obviamente que os donos da rádio não davam nada por mim. Mas vendo a minha empolgação, me prometeram um programa infantil.
Graças a um colega locutor (tinha muita gente mais velha que eu e mais nova que meus pais lá... rs. Então a rapaziada virou amiga da família) que tava com preguiça de operar o áudio em seu próprio programa, eu acabei entrando no ar.
Quando me ouviram, não acreditaram: eu não tinha voz de uma garota de 12 anos. Ganhei um programa, mas não o tal infantil. Repito: eu era a chata que falava como adulto. Huahuahuahua!

Eu aprendi a gravar anúncios comerciais, a fazer vinhetas e etc...
O mais legal é que as condições eram hiper precárias, então gravávamos tudo isso na tal fitinha k7 com cortes manuais.
Nosso "arsenal" era composto por: uma mesinha de som com 8 ou 10 canais, dois aparelhos de cd, dois aparelhos de (aff) fita k7 e dois microfones.


Essa época me traz boas lembranças porque eu conhecia e gostava de todo mundo lá na rádio.
Matava aula pra ficar lá,
passava o dia acompanhando de perto a programação. (Crianças não façam isso. Embora eu não tenha ficado reprovada, por pouco, já que minhas faltas eram muitas, alguns professores achavam que eu não gostava deles.)
A rádio era como uma grande família. Conheci pessoas super legais na época, viraram amigos da minha família, eu até atuei de cupido pra um guri amigo de lá. Mas, infelizmente, a vida, por um motivo ou outro, acabou afastando. Durou tempo suficiente pra eu aproveitar. E sempre cantando, é claro!


Capítulo 3:
Música e fim da adolescência


Passado os 2 anos de convívio com o mundo radiofônico, voltei a mergulhar na música. Não como devia, porque uma ser vivente de um sub-bairro em Campo Grande (sertão do RJ) não pode esperar muito em oportunidades, né?

Mas voltando ao relato: aproximei-me de dois guris que conhecia de vista (seres viventes do sub-bairro em questão) porque eles me queriam, quero dizer, queriam a minha voz.
Tocamos juntos (música!) entre 1999 e 2000 ou 2001, eu acho. Depois perdemos co
ntato (apesar de morar perto) e voltamos com novos projetos (eles eram guitarristas. Se uma banda precisasse de guitarrista, eles arrumariam um jeito de me enfiar - na banda em questão!). No final de 2003, eu tive um aborrecimento sério com um dos dois e parecia que "a parada ía babar".

Início de 2004: eu precisaria de um post só pra falar disso.
Mas, resumindo, lembra daquele lance dos meus amigos guitarristas quererem me colocar na ba
nda que surgisse? Então...
O pai de um deles era empresário (sim, o sertão de Campo Grande não é tão sertão assim) de um cantor sertanejo (droga! retiro o que eu disse) que estava desamparado após sua dupla ("o dono da bola") voltar para sua terra de origem antes que as chuvas detonassem tudo (sim, estou falando de Joinville - SC).

Nessa mesma época, os dois guitarristas, um tecladista e eu (sempre falta baterista, oh dificuldade!) estávamos tentando montar uma banda de rock... eles me fizeram cantar Evanescence e tal...

O pai empresário viu, e teve uma idéia: uma banda pro cantor sertanejo. Só que, a priori, eu estaria fora, né?
Não é difícil de entender: cantor já tinha, só precisavam de músicos e eu não toco nem triângulo!
Foi aí que o filhote do empresário (um dos meus guitarristas), cumprindo seu juramento de jamais me deixar de fora de onde quer fosse ouvida uma nota musical, teve outa idéia: eu seria backing vocal do sertanejo, já que ele estava sem dupla. Ironicamente, esse guitarrista, filho do empresário é o mesmo com quem me aborreci seriamente meses antes. Depois disso, só com novo post...

Retomando: Como sempre, eu era a mais nova naquele ambiente.

Vivi os tempos mais contradotórios da minha vida... convivendo com pessoas e coisas que nunca imaginei. Descobrindo o quanto o ser humano é complexo.
Meus amigos de banda (e quase toda a torcida do flamengo) me achavam o máximo cantando. O empresário (flamenguista) e o cantor me achavam uma merda.
Tive que lutar bastante pra provar o contrário e não consegui. A sorte é que eu era bonitinha e isso era bom pro visual em palco. Além disso, trabalhava com a esposa do empresário (em outro empreendimento dele. Ele era legal, criamos amizade e o casal entendia o meu cansaço dos shows).
Só quando eu dei uma saída da banda por problemas diversos e eles tiveram que procurar outra backing, é que perceberam que eu não era a merda que eles pensavam.


Depois disso, nunca mais subi num palco pra valer.
Tentei outros projetos que não consegui sustentar por causa da falta de tempo.
Entrei na facul e já fazia estágio desde o 1º período (na época no saudoso LV - TV UERJ).

Agora, de teimosa que sou, faço parte de um Coral
que já citei em posts anteriores.


*Lugares onde já cantei
,
(desde pirralha, mesmo que uma música só, um show com o sertanejo, ou sem ele):

Lona Cultural Elza Osbourne (Campo Grande); churrascarias (em Campo Grande tb, mas não lembro os nomes); Rádio Globo (venci um concurso de karaokê);
Focus Night Show; Bar do Fausto; Bar Pressão no Chopp; Festa Junina no Supermercado Extra (Santa Cruz); outros lugares tipo Paraty, Além Paraíba, Itaboraí; Expo Mangaratiba; alguma festa grande em Itaguaí (não lembro se era Expo tb); algum Hotel em Copacabana (acho que o nome era Atlântico); Clube da Michelin (baile de gala); Teatro Municipal de Criciúma - SC (um ano antes da enchente); Teatro Municipal de Reconquista, Santa Fé - Argentina; e Museu de San Francisco, Córdoba - Argentina.
Certamente esqueci algum lugar importante. =P



Considerações finais:


Como eu disse, o início do ano de 2004 foi marcante pra mim, além da banda. Aliás não só 2004, mas os anos que se sucederam. E a UERJ faz parte disso (2006), não só porque está temporalmente dentro dessa fase, mas por outros motivos que, como eu já disse, só um novo post gigante pra explicar. E isso tudo tem a ver com a noite terrível de segunda-feira. Isso tudo tem a ver com tudo. Até com a minha adolescência e etc... Mas isso aqui NÃO é uma autobiografia, embora pareça e esteja diretamente ligado ao saudosismo atual (diferente do que me fez prometer esse post há uma semana).



PS:
Minha falta de tempo atrapalha até nisso. Tô atrasada no blog... o texto é um, o pensamento é outro.
Prometo não prometer (confuso, mas vc entendeu) mais nenhum post futuro. Assim, se acontecer algo como nessa semana, não preciso adiar meu relato pra cumprir promessas.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ano Novo??? Cadê???

2009 já chegou??? Sei...

Pra mim, continua tudo muito velho...

Deve ser porque a minha dengue impediu que eu comemorasse a chegada do Ano Novo.
Ou será porque eu continuo no 5º período da facul, assistindo aulas que começaram no segundo semestre do ano passado?
Hum... pode ser o atraso da chegada do verão propriamente dito, já que choveu durante quase toda a primeira semana de janeiro.
Já sei! É porque a minha rotina continua exatamente a mesma, estágio + facul.
Temporada de férias? Que nada! Isso eu tive ano passado até meados de fevereiro, quando o ócio era absoluto, amigo íntimo do tédio.

Ah... eu dei entrada na minha carteira de motorista em dezembro e ainda não consegui ir fazer os exames oftalmológico e psicotécnico.
Pode ser também porque eu não consegui mudar muita coisa... continuo com os mesmos problemas mal-resolvidos, os mesmos questionamentos, as mesmas ambições...
Tá bom, eu admito... fatores externos mostram que o ano novo chegou sim.
Como por exemplo a posse do novo prefeito de nossa cidade, a iminência da chegada de Barak Obama ao poder do império norte-americano (que clichê!... ele assume a presidência no próximo dia 20), a reforma ortográfica e as dificuldades (além dos contar os gastos exorbitantes) de quem vai tirar carteira de motorista agora, o festival nacional de filmes exibidos no outro império (a Rede Globo), etc.

Hum... Ok!
Isso não tem grande relevância no mundo jessicocêntrico (o de verdade; não tô falando do blog), logo...

Up!
Próximo tema: saudosismos.

Xoxo,
Barbie Girl.
Huahuahuahuahua!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Festas de Fim de Ano???


Pois é, amiguinhos.

Eu tanto falei, tanto esperei, e nada!

É isso mesmo que vc está lendo.

Desde o dia 23 me sinto febril (sem poesias... literalmente), com dores no corpo e tonturas. Ou seja, eu adoeci bem na véspera de Natal.
Passei meus últimos dias deitada na minha cama.
Nada de guloseimas, nada de festejar...

Só Paracetamol, consultas ao
médico, agulhas (hemogramas, soro, remédio na veia...) e coisas desagradáveis do tipo.
Eu mal conseguia comer... tudo tinha gosto ruim. Mas eu bem que tentav
a. E é claro que, com o diagnóstico de Dengue, pelo menos ingeri bastante líquido (água e sucos naturais sem açúcar - pq eu não estava suportando nem isso).

Nem preciso dizer que estou mais magra, mais branca e com os olhos mais fundos que o normal.

Vi meus planos de fim de ano virarem pó diante dos meus olhos...

A cantata que eu participaria na noite do dia 25 na Igreja do maestro (para reforçar outro coral dele), a visita aos amigos, a viagem breve no fim do ano (Rio das Ostras - só pra não passar a virada em casa, já que teria que voltar pro estágio no dia 02).
Nada disso aconteceu.
Passei o recesso em casa sem fazer nada, mas sem descansar - apesar de deitada (eu não suportava mais ser eu... estar naquele corpo doente), sem dormir direito (as dores e a febre não me permitiam ter uma noite de sono decente)... Até tomar banho era um suplício (nunca pensei que fosse dizer isso nessa vida!).

Dia 31, pela primeira vez, passei dentro de casa (literalmente).
Estava sozinha no momento da virada, assistindo televisão. Deprimente!!!
Mas eu não chorei (já tinha feito isso durante o dia), não me senti abandonada...
Tinha gente me ligando e mandando mensagens toda hora (durante todos esses dias) pra saber como eu estava. Recebi a visita de amigos casuais, que nem costumam vir aqui. Souberam que eu estava doente e resolveram me ver... fiquei feliz por isso.

Minha irmã ligou exatamente à meia noite pra desejar Feliz Ano Novo, apesar de estar apenas a uns metros de distância (no terrraço com nossa família).
Tirando esse desconforto de ficar doente justo na última semana do ano, o balanço de 2008 é positivo:


*Tive uma aproximação com meus primos que foi muito significativa. Passamos o Carnaval juntos e eles foram muito atenciosos, mais do que eu esperava. Isso marcou nosso relacionamento.

*Fiz estágio numa emissora de TV e apesar dos perrengues, foi enriquecedor. Além das pessoas maravilhosas que conheci lá.
*Quando meu limite de resitência chegou, consegui outro estágio mais tranqüilo, com um salário melhor e até consegui engordar uns quilinhos (recuperando o que tinha perdido desde os tempos do vestibular).
*Ganhei um ovo de páscoa gicangesco!!! Passei meses comendo...
*Sobrevivi ao 4º período da facul.

*Tive 3 comemorações de aniversário.
*Saí mais com o povo da facul.
*Furei menos com minha amiga Eliz.
*Vi mais minhas amigas Andréa e Vivian.
*Li muito menos livros do que gostaria. Fora os que comprei e ainda nem sei quando começarei a ler.
*Fui ao Maracanã (algumas vezes, como sempre), mas em uma delas assisti um jogo do Flamengo de camarote (papito ganhou ingressos numa promoção da Rádio Globo).
*Viajei para a Argentina (Reconquista - Santa Fé) em turnê com o Coral Ecos Sonoros (onde canto há 1 ano e 4 meses). - PS: Andei de avião pela primeira vez. Ah... comprei alfajores lá, claro!
*Comi choclate belga; comi chocolate húngaro (colegas de trabalho trouxeram de viagem).
*Resolvi criar este blog.

*Fui ao Show da Madonna no Maracanã. Arrumei os ingressos 3 dias antes e fui com 2 amigas uerjianas que estudam Jornalismo comigo.
*Enfrentei uma greve de 2 meses e por isso ainda estou cursando o 5º período da facul = assistir aulas quando todas as outras pessoas normais estão de férias.
*Pintei meu cabelo de preto mesmo (o máximo que escureci antes foi com castanho escuro).
*E, por último, tive dengue, claro!

Isso é tudo o que eu me lembro. E acho que foi o mais importante.
Espero que 2009 seja ainda mais agradável e mais produtivo que 2008.


FELIZ ANO NOVO pra todos!!!