Eu sempre me vangloriei por não sofrer dos terríveis sintomas da TPM.
Pensava ser imune às cólicas, ao mau-humor, à melancolia, etc, etc... e tirava onda com as minhas amigas por isso até que, há mais ou menos um ano, PLUFT: "Hum... Que vontade de chorar por nada... Coisa esquisita! Será que estou chegando aos dias sangrentos de cada mês? Não pode ser! Eu já sangro há anos e nunca senti incômodo nenhum!" - Daí veio a cólica pra confirmar tudo e acabou a minha paz!!!
E parece que, pra compensar o tempo (anos) que eu não sentia nada, o meu mal-estar e fragilidade chegam dias antes, permanecem durante e mais alguns dias depois dos "bloodah days".
A TPM me deixa mais sensível, menos tolerante, mais insone, menos falante, mais pensativa... E funciona como se eu estivesse programada pra isso. Porque vem tão de repente quanto vai embora.
(Eu juro que não sou bipolar)
É estranho como, por mais que tudo esteja bem, por mais que eu me sinta feliz e eufórica, vivendo um momento bom, o tempo fecha ("raios e trovoadas!", como diria um professor que tive na facul). Eu começo a questionar tudo, começo a pensar que as coisas não são tão boas assim ou que não podem ser reais. Pessimismo mode: on; level: hard.
E se as coisas já não estavam tão boas assim, aí é que ferra mesmo!!! Dá uma vontade de me isolar e chorar até a barriga doer (mais do que já dói pela cólica)... Curtir fossa mesmo, sabe???
É na TPM que eu prefiro ficar em casa (mais precisamente no meu quarto. Não saio nem no quintal e não vou à rua nem que seja pra fazer a coisa mais legal do mundo!), não tenho inspiração pra me vestir, me sinto mais gorda, meu cabelo não fica bom de jeito nenhum e eu fico muito mais sedenta de álcool e chocolate do que nos dias 'normais' ( todo mundo sabe que eu já sou chegada numa birita e sou chocólatra mais-que-assumida!). Ah... É nesses dias também que eu intensifico minha prática de autoflagelação, futucando cada cravo no meu rosto e cada fiapo de pele saliente nos meus dedos até sangrar.
Well... então agora vocês já sabem, amiguinhos: Se eu estiver mais caladona e pensativa, reclamando do meu peso e do meu cabelo, ouvindo Evanescence, ColdPlay, Emmy Rossum, músicas lentas do Michael Jackson e me comovendo (chorando ou quase) com filmes e livros, a culpa é da inimiga fiel que veio me visitar e trazer a velha novidade: só o Atroveran pra amenizar a minha dor (literalmente).
Oh... Como a vida é dura pra nós, mulheres!!!
2 comentários:
Que bom que você é loser também.
Nossa, nem fala, eu comecei a ter TPM, de um tempo pra cá tb... Sei como é isso...
Parece q tudo o que queremos é curtir nossa fossa, que nem tem motivo....
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