segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

2009 motivos para ser EMO.

Olá, amiguinhos.

Sumi outra vez porque aconteceu outra coisa ruim.

É isso mesmo, queridos! As coisas sempre podem ficar piores.
A Lei de Murphy é fato!!!


Além da correria habitual e da falta de tempo (não só por causa do estágio e da facul, mas principalmente por morar num sertão "tão-tão distante" e demorar horas viajando pra ir e vir todos os dias), mais uma vez eu me ferrei.
Quer dizer, nesse caso, mais o meu pai, né?

Segunda-feira, 09 de fevereiro - Após um dia de trabalho (estágio), estava eu assistindo minha aula de telejornalismo por volta das 20:00h quando me bateu uma fominha e fui comprar algo.
O que tem de anormal nisso? Nada. Mas lá pelas 20:30h quando professor resolveu encerrar a aula e eu estava saboreando meu suco de laranja, aconteceu o primeiro (eu acho) acidente da noite (
5ª sinfonia de Beethoven): eis que derrubo todo o líquido amarelado em mim mesma. (Pelo menos eu tinha desistido de usar calça branca naquele dia e o desastre foi menor num jeans escuro).
Mal-humorada, saí da sala e tentei me limpar/secar e esperar meus amiguinhos (Diedro e Jennie) que costumam pegar o metrô comigo (eles tb moram num "reino tão-tão distante" - mas não o meu).

Levei uns 20 minutos pra sair da UERJ.

Algumas horas depois, quando cheguei no meu sertão, não fui direto pra casa. Passei na casa do Jéssico. Uns amigos estavam lá também, ficamos conversando e tal...

Meu celular tocou, era a minha irmã. Estranho, mas não me assustei. Exceto quando ela insistiu na chamada a cobrar. Peguei o celular de um amigo e liguei de volta. Ela nem me anestesiou, saiu falando: "Jésica, nosso pai tá no Rocha Faria!" (hospital público aqui de CG, leia-se açogueiro).
O desespero me invadiu, pois temos plano de saúde. Logo, se ele tava lá ,ou passou mal na rua ou estava envolvido em algum acidente. Era a segunda opção. Continuei a conversa quase chorando (só de relatar, sinto a angústia outra vez), mas ela não soube me informar nada. Os bombeiros tinham acabado de ligar lá pra casa mandando minha mãe ir vê-lo no hospital.
Minha irmã estava na casa de uma amiga pra distrair a minha sobrinha (4 anos) que começou a chorar quando percebeu que minha mãe estava saindo de casa pra ver meu pai, mas sem poder ir junto.

Pense em alguém que é super gente fina, querido por todos e principalmente pelas filhas (e agora a neta tb): esse é o meu pai (meu "papito").

Os amigos que estavam na casa do Jéssico, e o próprio, viram meu desespero e começaram a tentar me ajudar com possíveis contatos no hospital e em outros hospitais pra onde eu poderia transferir o papito. Obviamente, antes de qualque coisa, essa era a prioridade.

Finalmente consegui falar com minha mãe, mas fiquei mais aflita pq ela não tinha conseguido entrar pra vê-lo. Quando finalmente deixaram, ela pôs ele no telefone pra falar comigo. Ele estava sentindo mtas dores, falava com dificuldade e só sabia dizer que me amava.
Fiquei mais calma ao saber que, apesar de não conseguia sentar por causa das dores, ele sentia as pernas.

Descobri que ele quebrou o braço e improvisaram algo para imobilizá-lo até pôr o gesso.
Mammy veio em casa buscar um travesseiro pq ele pediu (que estava na maca pura, sem lençol sem nada... no inox mesmo! - só descobri isso depois).
A minha preocupação eram as tais dores internas que ele tava sentindo, além do braço, claro.

Descobri também que ele seria operado. Pensei que era algo grave, pelas dores internas que ele estava sentindo na região abdominal, mas depois fui informada de que seria o braço.

Ops... não contei como foi o acidente, né?
Ele estava numa van que transporta passageiros. A capacidade era de 15 pessoas, mas haviam 21 (ou seja, 6 estavam em pé).
Meu pai era um desses que estava em pé.

O motorista corria muito e falava ao celular. Papito falou que ainda pensou: "que irresponsável, se acontece alguma coisa!". Não deu outra... o pneu (que estava mais careca que o John Locke de Lost) estourou e o motorista ficou ziguezagueando pela pista em plena Avenida Brasil.
Os passageiros entraram em pânico!
Depois disso o papito só lembra de um bando de curiosos em volta e os bombeiros pedindo que ele desse o braço pra tirarem ele da van porque ela viraria outra vez e tinha pessoas abaixo dele pra tirarem de lá.
(A van subiu o canteiro central e capotou, ou não necessariamente nessa mesma ordem, sei lá!).


Fui dormir às 4h da manhã e acordei às 6:30h (o dever de cada dia me chamava).

Minha irmã saiu antes de mim pra levar a chave centro de distribuição (Correios) onde ele trabalha e avisar do acidente. De lá, ela passaria no hospital.
Saí de casa para o estágio como todos os dias. Mas no caminho me deu uma coisa... todos o viram no hospital menos eu.
Minha mãe tinha ido dormir a hora que saí, e eu tava preocupada com a transferência dele.

Conclusão: fui para o hospital.

Saí entrando (sabia que ele estava na "sala vermelha"), consegui vê-lo, e fui expulsa pelos enfermeiros com a mesma facilidade com que entrei.
Liguei pro Jéssico, ele me aconselhou a agilizar o processo de transferência do papito e foi o que eu fiz.
Era burocrático demais, mas eu não sairia de lá até conseguir.
Fiquei em cima dos médicos, de quem fosse preciso pra tirar meu papito de lá!
Minha mãe chegou com meus avós... Fiquei feito uma doida correndo de um lado pro outro do hospital, usando os celus da minha mãe (o meu tinha descarregado)... E o Jéssico me ajudando por telefone...

Quando pensei que finalmente tava tudo resolvido, gastei todos os créditos da minha mãe, terminei de gastar o meu (pus o meu chip num dos celus dela), e consegui acabar com 40 unidades no orelhão, mas deu um rolo meu pai ainda tava lá. Acabou! A pior coisa que existe na vida é se sentir impotente.
Tive uma crise de choro, só o Jéssico podia me ajudar (e foi o que fez!) pq eu não tinha mais como entrar em contato com ninguém.

Chorei, chorei mto... com o Jéssico no telefone, com a minha mãe, com o povo do hospital que não sabia me explicar nada...

E meu pai lá esperando naquela maca gelada (agora sei pq ele tremia tanto).

Cheguei no hospital por volta das 8:40h da manhã. Já passava das 14h.

Mas logo (digo, logo depois do meu desespero, né?) a ambulância chegou e eu consegui levar o papito pra outro hospital.
O Jéssico terminou de resolver as coisas pra mim (inclusive ligou pro meu estágio), e foi ele quem arrumou a vaga no tal hospital.

Agora a segunda maratona começou: meu pai passou por todos os exames outra vez.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas!
Outro susto: suspeita de derrame pleural. Falei só pra minha mãe e ficamos aguardando o resultado dos exames.
Graças a Deus não era nada!

Tiraram o gesso do braço do meu pai (não era nem pra ter posto, já que ele operaria). Ele estava com uma parte do osso triturada e precisaria fazer a cirurgia pra colocar uma prótese de titânio.

A operação deveria acontecer no dia seguinte.
Outro detalhe: meu papito estava sem comer há quase 24 horas. A enfermeira estava aguardando a prescrição médica pra levar comida.
Às 18h, finalmente, pude vir pra casa mais tranqüila.


Mas a vida, esta sim, é uma caixinha de surpresas...

Pro meu pai passar pela cirurgia, precisava esperar autorização do plano de saúde pra sei lá o quê.
Eu tive que voltar pra minha rotina, minha irmã começou a resolver essa parte e sofreu tanto quanto eu tinha sofrido no dia anterior.
Conclusão: mais um dia e nada!


Na quinta-feira o médico resolveu fazer a cirurgia e deixar a parte burocrática pra depois.

De fato era uma cirurgia simples, durou +ou- 2 horas e ele ficou consciente logo (td bem que ele não lembra de nada do que falou e muito menos de quem foi visitá-lo nessas primeiras horas do período pós-operatório).
Ficamos na expectativa... talvez ele viesse no dia seguinte pra casa.
Mas não veio.

Sexta-feira faltei uma prova na facul. Estava sem condições nenhuma de fazer, não tinha estudado nada... estava atordoada.

Sábado eu fui vê-lo (desde terça não pude voltar lá).
Ele ainda sentia dores, mas já se sentava e até andava (ainda com certa dificuldade).


Domingo eu passei mal o dia inteiro (febre e dores no corpo) e não pude ir lá.

Segunda, ainda passando mal, fui ao estágio. Pouco antes de sair de casa minha mãe (que passou a noite lá com ele) ligou avisando que o papito já tinha recebido alta.
Faltei a facul pra não chegar tão tarde e ficar um pouquinho com ele antes de dormir.


Hoje fez uma semana que ele tá em casa. Entediado, claro. Mas já anda pelo bairro e tal...
Está com o braço costurado em cima e embaixo (os parafusos são internos).
Ele ainda sente dores na costela, mas eu acredito não ser nada d+ (foi o que os médicos disseram).




Espero que minha cota de acidentes e afins esteja esgotada!

O início do ano não foi nada bom pra mim (passei a noite de cama com dengue, lembram???).
Não tenho nem mais unha no dedão do pé direito (vide post anterior).

A propósito está começando a crescer. Mas não tem nem 1 cm ainda. =P

Ok... banho de sal grosso e/ou sessão do descarrego são bem-vindos sim.

"E aí galera, tudo mais ou menos?"

Zeca Pimenteira veio me visitar e eu não sei. Huahuahua

Um comentário:

Zé Messias disse...

Pé de pato "magalo" 3 vezes....
Banho de sal grosso que nada, vc precisa tomar banho de churrasco todo, isso sim....

Melhoras para o seu papy....




E quanto ao meu post, eu realmente vi a maioria dos filmes que falei..só não vi dois Frost/Nixon e O Lutador